Introdução
O sonho de fazer cinema pulsa em muitos corações brasileiros, mas a jornada da produção de um longa-metragem no nosso país é, sem dúvida, um caminho repleto de desafios únicos. Desde questões políticas e monetárias até as peculiaridades do nosso cenário social, cada etapa exige um planejamento meticuloso e uma compreensão profunda da realidade. Se você já se aventurou em curtas-metragens, conquistou alguns prêmios e agora sente que é o momento de dar o próximo passo rumo ao seu primeiro longa, este post é para você.
Neste artigo, vamos mergulhar nas reflexões de Bruno Benetti, um experiente profissional do audiovisual que, em seu canal do YouTube, compartilha uma visão honesta e pragmática sobre a produção cinematográfica no Brasil. Ele discute o momento ideal para se aventurar em um projeto tão grandioso, os obstáculos inerentes aos filmes de baixo orçamento e como sua própria experiência em coprodução moldou sua perspectiva. Prepare-se para insights valiosos que podem guiar suas próximas decisões no mundo do cinema.
O que você vai aprender
- A realidade financeira da produção de um longa-metragem no Brasil, do orçamento médio ao baixíssimo.
- Os desafios de manter uma equipe e a qualidade artística em projetos sem investimento.
- Como as leis de incentivo (Lei Rouanet, etc.) e a dinâmica da bilheteria afetam o cinema nacional.
- A concorrência com o mercado internacional e o papel das plataformas de streaming.
- A importância de um planejamento estratégico para a divulgação e distribuição do seu filme.
- Exemplos práticos de coprodução e o potencial do cinema para gerar impacto social.
Assista ao Vídeo
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Principais Insights
A Complexidade Financeira da Produção de Longas-Metragens no Brasil
Produzir um longa-metragem é uma empreitada custosa, e Bruno Benetti detalha a realidade dos orçamentos no Brasil. Um filme de orçamento médio pode girar em torno de 3 a 4 milhões de reais em 2023, enquanto um “baixo orçamento” pode ser de 1.5 a 1.8 milhão, e um “baixíssimo orçamento” entre 200 a 400 mil reais. Esses valores, que parecem altos à primeira vista, são rapidamente consumidos por custos como a contratação de centenas de profissionais (diretos e indiretos), um período de produção que pode durar um ou dois anos, locações, alimentação, transporte, estúdios, equipamentos e, claro, o cachê de atores de renome. Bruno ressalta que, ao fazer a “conta de padaria”, percebe-se que os recursos se tornam escassos rapidamente, evidenciando a necessidade de um planejamento financeiro extremamente robusto.
O Dilema do Financiamento Público e a Qualidade Artística
Bruno Benetti aborda um ponto controverso no cinema brasileiro: as leis de incentivo (como a Lei Rouanet, leis estaduais, federais, municipais). Ele aponta que o modelo de recebimento antecipado do dinheiro, sem a dependência da bilheteria, pode gerar um problema de qualidade. Para o Estado, muitas vezes, o foco é a prestação de contas de que o filme foi feito, e não necessariamente a sua excelência artística. A dificuldade em mensurar a qualidade artística – seja pela atuação, direção, roteiro ou fotografia – faz com que alguns projetos possam ser realizados “de qualquer jeito”, sem o compromisso com o resultado final que um mercado competitivo exigiria.
Competindo em um Mercado Globalizado e Limitado
A cultura do cinema no Brasil é historicamente importada, e isso se reflete na limitada infraestrutura de exibição. Com cerca de 3 a 5 mil salas de cinema para todo o país (e apenas 5% das cidades brasileiras possuindo cinemas), o acesso é restrito e o ingresso é caro, transformando a ida ao cinema em um “evento”. Ao lançar seu primeiro longa-metragem, você não compete apenas com outras produtoras nacionais estabelecidas, mas diretamente com gigantes internacionais como Marvel, DC e Warner Brothers. Bruno questiona: o público pagaria para ver um filme de um diretor desconhecido ou um blockbuster global? Essa realidade de mercado exige uma estratégia de distribuição e divulgação extremamente eficaz para que um filme nacional de baixo orçamento consiga se destacar.
O Valor da Experiência e o Impacto Social do Cinema
Apesar dos desafios, Bruno Benetti não descarta o valor da experiência. Ele compartilha sua decisão de adiar a produção de um longa-metragem 100% seu, preferindo fazer curtas com investimento para construir um portfólio e buscar verba adequada para um projeto maior, garantindo a remuneração da equipe e a qualidade. Sua experiência em coprodução do filme “Emil”, um doc-ficção experimental de baixo investimento, demonstra como a criatividade e a adaptação podem levar um filme a plataformas de streaming como Amazon Prime e Box Brasil. O insight mais inspirador, no entanto, é o caso de um filme sobre violência doméstica, produzido por artistas de teatro locais, que sensibilizou o prefeito de uma cidade a criar uma delegacia da mulher. Isso sublinha o poder transformador do cinema, capaz de ir além do entretenimento e gerar um impacto social significativo e duradouro.
Lições Práticas
- Avalie seu Orçamento Realista: Não se iluda com os números. Entenda que um longa-metragem, mesmo de “baixíssimo orçamento”, tem custos que se acumulam rapidamente. Faça um planejamento financeiro detalhado e seja transparente com sua equipe sobre a remuneração.
- Pense na Distribuição Desde o Início: Antes mesmo de filmar, defina onde e como seu filme será exibido. Você mira cinemas, festivais, plataformas de streaming, ou um circuito mais local/regional? A estratégia de distribuição impacta diretamente o formato e o marketing do seu filme.
- Considere o Impacto Além da Tela: O cinema tem um poder social imenso. Seu filme pode abordar temas relevantes e gerar discussões ou até mesmo mudanças concretas na sociedade. Isso pode ser um diferencial e um motivador poderoso para sua equipe e público.
- Construa sua Equipe com Cuidado e Compromisso: Para um curta, voluntários podem ser a solução. Para um longa, que exige meses ou anos de dedicação, o investimento em uma equipe remunerada e comprometida é fundamental para manter a qualidade e evitar a dispersão do projeto.
- Comece Pequeno, Sonhe Grande: Utilize curtas-metragens como um laboratório. Eles permitem experimentar, aprender e construir um portfólio sólido que pode atrair investimentos e parcerias para seus futuros projetos de longa-metragem.
Sobre o Vídeo
Descrição original:
Produzir um longa-metragem no Brasil pode ser um desafio devido a vários fatores, como políticos e monetários. Neste vídeo, discuto se é a hora certa para se aventurar na produção do seu primeiro longa-metragem. Compartilho minha experiência em coprodução de um longa-metragem e como isso influenciou minha mentalidade em relação à produção de longas-metragens. Também analiso os desafios enfrentados na produção de filmes de baixo orçamento e como superá-los.
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Conclusão
A decisão de produzir seu primeiro longa-metragem é um marco emocionante, mas as palavras de Bruno Benetti nos lembram que ela deve ser acompanhada de uma boa dose de realismo e planejamento estratégico. O cinema brasileiro é um terreno fértil para histórias incríveis, mas exige paixão, resiliência e uma compreensão clara dos desafios financeiros, artísticos e de mercado. Que as experiências e dicas compartilhadas neste post e no vídeo de Bruno Benetti sirvam como um farol para iluminar sua jornada.
Agora, queremos ouvir você! Qual foi o insight mais valioso para sua jornada no audiovisual? Você já pensou em produzir um longa-metragem? Compartilhe suas experiências e opiniões nos comentários abaixo!
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