Introdução
No universo da produção audiovisual, uma das discussões mais frequentes e cruciais para a estética de qualquer projeto é a escolha da taxa de quadros por segundo, ou FPS (Frames Per Second). Entre as opções mais comuns – 24, 30 e 60 FPS – cada uma oferece uma experiência visual distinta, impactando diretamente a sensação e o “look” do seu vídeo. Mas, afinal, o icônico 24 FPS, padrão do cinema, ainda se mantém relevante em um cenário digital dominado por outras taxas?
O renomado produtor e diretor de fotografia Bruno Benetti mergulha profundamente nessa questão em seu vídeo, desmistificando a decisão e fornecendo insights valiosos sobre quando e por que optar por cada uma dessas configurações. Se você busca aquele toque cinematográfico ou simplesmente quer entender as melhores práticas para suas filmagens no YouTube, TV ou grandes produções, este artigo baseado no conteúdo de Bruno Benetti é para você.
Vamos explorar a história, as vantagens e os cuidados ao trabalhar com 24 FPS, garantindo que suas escolhas técnicas elevem a qualidade das suas produções e transmitam exatamente a emoção que você deseja.
O que você vai aprender
- A origem e o porquê do 24 FPS ter se tornado o padrão cinematográfico.
- As vantagens do 24 FPS, como o efeito de motion blur e a sensação de “filme”.
- Os cenários ideais para utilizar 24 FPS em seus projetos de vídeo.
- Os riscos e problemas de converter vídeos entre diferentes taxas de quadros (24, 30, 60 FPS).
- A importância da relação entre FPS e Shutter Speed (velocidade do obturador) para um movimento natural.
- Como a escolha do FPS impacta a iluminação da sua cena.
- Se, e quando, vale a pena filmar em 24 FPS hoje em dia, considerando os diferentes canais de exibição.
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Principais Insights
A História e o Apelo do 24 FPS
Bruno Benetti inicia sua análise explicando que o 24 FPS não foi uma escolha puramente artística no início do cinema, mas sim uma decisão pragmática. Inicialmente, a taxa de quadros era inconsistente, variando conforme a velocidade da manivela. O 24 FPS surgiu como um ponto de equilíbrio ideal para manter a padronização com o áudio (que veio a ser incorporado aos filmes) e otimizar os custos com o rolo de filme, ao mesmo tempo em que oferecia uma fluidez visual que o olho humano interpretava como “sutil e real”. Esse padrão se consolidou, criando a estética que associamos ao cinema até hoje.
Motion Blur: O Segredo Cinematográfico do 24 FPS
Um dos efeitos mais notáveis e valorizados do 24 FPS é o “motion blur” (desfoque de movimento). Como Bruno destaca, em cenas de movimento rápido, o 24 FPS gera um desfoque suave que simula a percepção natural do olho humano. Este efeito é frequentemente explorado em filmes de ação para intensificar a velocidade e em filmes de terror para ocultar detalhes e criar sustos mais impactantes, impedindo que o espectador veja todos os pormenores de um monstro ou cenário antes da revelação. É uma ferramenta poderosa para a narrativa visual.
Quando Escolher o 24 FPS na Era Digital
Apesar da popularização do 30 e 60 FPS, o 24 FPS ainda tem seu lugar. Bruno Benetti exemplifica com um projeto de websérie em que foi convidado como diretor de fotografia. O diretor solicitou 24 FPS, pois o projeto não envolvia movimentos bruscos ou cenas de ação pesadas. Nesses casos, onde a intenção é trazer uma nitidez específica e uma estética mais “cinematográfica” sem a necessidade de capturar movimentos ultrarrápidos ou slow motions extremos, o 24 FPS é uma escolha acertada. É fundamental alinhar a taxa de quadros com o propósito e o estilo do seu projeto.
Os Perigos da Conversão de Taxas de Quadros
Um ponto crucial que Bruno enfatiza é o cuidado ao tentar converter taxas de quadros na pós-produção. Filmar em 30 FPS e exportar para 24 FPS, ou vice-versa, pode resultar em perda ou duplicação de frames. Isso gera um “stutter” ou um movimento não natural que causa desconforto ao espectador. A recomendação clara é: filme na taxa de quadros em que você pretende exibir seu projeto. Se precisar de um efeito de slow motion, é preferível filmar em 30 ou 60 FPS e desacelerar o vídeo na edição (por exemplo, 80% em 30 FPS para um look similar ao 24 FPS, ou mais lento para 60 FPS) do que tentar “criar” frames onde eles não existem.
FPS, Shutter Speed e Iluminação: A Trindade da Exposição
Bruno Benetti lembra a regra de ouro do Shutter Speed (velocidade do obturador): ele deve ser o dobro do seu FPS para um movimento natural. Para 24 FPS, use 1/48 ou 1/50. Para 60 FPS, use 1/120. Essa regra garante o motion blur adequado e uma imagem fluida. No entanto, ele também ressalta que aumentar a taxa de quadros (e consequentemente o Shutter Speed) significa que o sensor da câmera terá menos tempo para captar luz. Portanto, filmar em 60 FPS exigirá significativamente mais iluminação do que em 24 FPS para obter uma exposição correta.
Lições Práticas
- Defina o Destino do seu Conteúdo: Antes de começar a filmar, saiba onde seu vídeo será exibido. Cinema, TV, YouTube, Netflix ou celular? Cada plataforma pode ter suas próprias expectativas e otimizações. Essa decisão inicial guiará sua escolha de FPS.
- Escolha o FPS de Acordo com o Movimento e a Estética: Para um “look cinematográfico” com motion blur natural e cenas mais estáticas, 24 FPS é ideal. Se seu projeto envolve muitos movimentos rápidos, cenas de ação, ou a intenção de criar slow motions suaves, opte por 30 ou 60 FPS para ter mais flexibilidade na edição e garantir a fluidez.
- Mantenha a Regra do Shutter Speed: Para um movimento natural e agradável aos olhos, configure sua velocidade do obturador para ser o dobro do seu FPS (ex: 24 FPS = 1/50, 30 FPS = 1/60, 60 FPS = 1/120). Ignore essa regra e você pode ter vídeos com movimentos engessados (shutter speed muito alto) ou excessivamente borrados (shutter speed muito baixo).
- Evite Conversões de FPS na Pós-produção: Para a melhor qualidade e evitar artefatos visuais indesejados, filme sempre na taxa de quadros final desejada para o seu projeto. A conversão pode comprometer a fluidez e a integridade dos seus frames, resultando em um vídeo menos profissional.
- Adapte sua Iluminação ao FPS: Lembre-se que taxas de quadros mais altas (e shutter speeds mais rápidos) exigem mais luz. Planeje sua iluminação de acordo para garantir que suas cenas estejam bem expostas, especialmente ao filmar em 60 FPS ou mais.
Sobre o Vídeo
Descrição original:
Uma duvida frenquente e sempre discutida em qualquer vídeo que você for fazer. Qual vale mais a pena? 24 , 30 ou 60 FPS? Entenda nesse vídeo quando usar e se vale a pena utilizar 24 fps hoje em dia
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Conclusão
A escolha da taxa de quadros é mais do que uma configuração técnica; é uma decisão artística que define a alma do seu projeto. Como Bruno Benetti tão bem demonstra, o 24 FPS, com sua rica história e capacidade de evocar uma estética cinematográfica clássica, continua sendo uma ferramenta valiosa no arsenal de qualquer criador de conteúdo. No entanto, sua aplicação deve ser consciente e alinhada aos objetivos do vídeo, considerando o tipo de movimento e o destino final da sua produção.
Esperamos que este guia tenha esclarecido suas dúvidas sobre o 24 FPS e o ajude a tomar as melhores decisões em suas próximas filmagens. Lembre-se da importância de testar e experimentar para descobrir o que funciona melhor para o seu estilo e mensagem. Para aprofundar ainda mais seu conhecimento, não deixe de assistir ao vídeo completo do Bruno Benetti no YouTube!
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